LecturesUm Caso Cirúrgico de Terapia de Ressincronização CardíacaBalaram, SandhyaCaso Publicado: Foi realizado um ecocardiograma transesofágico pré-operatório para avaliação da viabilidade e dopller tissular para determinar o ponto da última ativação. A última ativação mostrou-se presente no aspect basal da parede posterior. O paciente apresentava viabilidade nesta região. Ele foi encaminhado para a sala de cirurgia para implante de dois eletrodos epicárdicos ao longo da parede posterior basilar do VE. A onda R foi mensurada em 10 mV nesta região com impedância de 850 ohms e limiar de estimulação de 0.7 V. Detalhes do Procedimento: A câmera robótica e os instrumentos são introduzidos. É iniciada a ventilação mecânica seletiva e o CO2 é insuflado na cavidade torácica. O orifício (port) da câmera é colocado no 7º espaço intercostals na linha axilar posterior. O orifício direito do “da Vinci” é introduzido no 5º espaço intercostal e na linha axilar posterior. O orifício esquerdo é introduzido no 9º espaço intercostal na linha axilar posterior. Um orificio de trabalho de 10-mm é colocado posteriormente ao da câmera do 7º espaço intercostal. . Usando os braços robóticos, o pericárdio é aberto posterior ao nervo frênico. Se não for possível pela anatomia individual do paciente, o pericárdio pode ser aberto anterior ao nervo frênico com tentativas para identificar vasos marginais obtusos. Os eletrodos epicárdicos são fixados dentro do coração usando os braços robóticos. O pericárdio reaproximado por sobre o eletrodos e o proxima é posicionado emu ma bolsa subcutanea temporaria na parede toracica. Todas as incisões são fechadas e o paciente é colocado em posição supino e novamete esterilizado e coberto. Os eletrodos então são tunelizados endoscopicamente ao marcapasso, conectados e checados. Um eletrodo é selecionado para inserção dentro do dispositivo e o segundo é usado como eletrodo de back-up e posteriormente esquerdo dentro da loja. O paciente é acordado, extubado e transferido para a sala de recuperação. Discussão O nosso grupo no St. Luke’s-Roosevelt Hospital Center, em Nova York, tem publicado muito com seguimentos de curto e médio prazo sobre implante robótico de eletrodo em VE para estimulação biventricular [1-3]. Entre 2002 e 2005, 60 pacientes foram submetidos ao implante robótico de eletrodo no VE. A maioria destes pacientes foram submetidos ao implante robótico por falha do implante do eletrodo no seio coronário (83%). Os resultados cirúrgicos têm sido similares àqueles descritos por outros grupos com taxa de 100% de sucesso para implante de eletrodo no VE e baixíssima taxa de conversão para mini-toracotomia (3%). Todo os pacientes nestas séries robóticas foram extubados na sala de cirurgia e o tempo médio de permanência na UTI e de hospitalização foi 0.5 dia e 1.5 dia respectivamente. Nenhum paciente precisou de inotrópicos no peri-operatório. Os 20 últimos pacientes nesta série foram submetidos à localização do sitio alvo do implante por TDI e otimização da ressincronização pós operatória por TDI. A morbidade pós-operatória incluiu um episódio de pneumonia e dois pacientes com neuropatia intercostals. Nenhum paciente necessitou de re-intubação e não houve nenhum episódio de insuficiência respitarória. Foi observado significante remodelamento ventricular ao longo do seguimento de 16.7 ± 9.5 meses (intervalo de 3 a36 meses) com melhora (com relevância estatística) no índice de dimensão interna do VE. Também foram observadas melhoras na fração de ejeção do VE e na classe funcional da New York Heart Association (NYHA). A taxa de resposta clínica em três meses foi de 81%. Durante os 36 meses de seguimento houve 4 óbitos (todos inicialmente foram não-responsivos). Três não-responsivos permaneceram vivos com insuficiência cardíaca, um não-responsivo foi submetidos à transplante cardíaco e quatro pacientes pioraram após resposta inicial de uma taxa total de respostas de 75% durante o seguimento médio de 17 meses. A literatura recente tem enfatizado a otimização de sítios direcionados no implante de eletrodos no ventrículo esquerdo usando o mapeamento ventricular [5]. A área alvo para implante do eletrodo no VE deve corresponder ao último ponto de ativação elétrica e mecânica. Historicamente, esta tem sido classificada como parede póstero-lateral, situada no entre a base e o ápice do ventrículo esquerdo. Com a imagem pré-operatória, a área da última ativação mecânica pode agora ser exatamente localizada. O Doppler Tissular pode ser usado para caracterizar a contração de segmentos miocárdicos no tempo. Por meio dos códigos por cores, os segmentos e a área alvo do ventrículo esquerdo podem ser facilmente localizados. Estas técnicas de imagem pré-operatórias, permitem a documentação de dissincronia naqueles pacientes avaliados para TRC com QRS alargado no ECG basal. No entanto, esta técnicas podem também ser úteis no futuro para identificar a dissincronia em pacientes com insuficiência cardíaca sem evidências de atraso na condução intraventricular no ECG de base. O uso da otimizada área de estimulação da última ativação para determinar o implante exato do eletrodo epicárdico no VE também mostrou recentemente resultar em remodelamento reverso máximo [6,7]. A mensuração da velocidade miocárdica com TSI(imagem de estresse tecidual) fornece informações relativas ao local de máximo atraso no VE. O uso desta técnica de mapeamento pré-operatório demonstrou remodelamento reverso sinalizado e melhoras com significância estatística na função sistólica [6]. Mais importante ainda, aqueles pacientes com eletrodos no VE, nos quais o implante foi realizado em um segmentos fora da área recomendada, apresentaram menos remodelamento e aqueles com mais de 1 segmento fora da área recomendada não apresentaram remodelamento reverso significante [6]. Estes dados demonstraram a importância dos implantes de eletrodos individualizados, para maximizar os resultados dos pacientes após a TRC.O uso da inserção robótica de eletrodos epicárdicos tem sido um benefício significante na determinação pré-operatória combinada: local do implante com implante seguro do eletrodo no VE. À medida que esta técnica vai avançando, podemos continuar a esperar benefícios futuros do implante preciso dos eletrodos no VE na terapia de ressincronização cardíaca.
Referências 1. DeRose JJ, Jr., Belsley S, Swistel DG, Shaw R, Ashton RC, Jr. Robotically-assisted left ventricular epicardial lead implantation for biventricular pacing: The posterior approach. Ann Thorac Surg 2004; 77: 1472–1474. 2. DeRose JJ, Jr., Kypson AP. Robotic arrhythmia surgery and resynchronization. Am J Surg 2004; 188 (4A suppl 1): 104S–111S. 3. DeRose JJ, Jr., Balaram S, Ro C et al. Midterm follow-up of robotic biventricular pacing demonstrates excellent lead stability and improved response rates. Innovations 2006;1:105-110. 4. Mair H, Sachweh J, Meuris B et al. Surgical epicardial left ventricular lead versus coronary sinus lead placement in biventricular pacing. Eur J Cardiothorac Surg 2005; 27: 235–242. 5. Steinberg JS, DeRose JJ. The rationale for nontransvenous leads and cardiac resynchronization devices. Pacing Clin Electrophysiol 2003; 26: 2211–2212. 6. Murphy RT, Sigurdsson G, Mulamalla S, Agler D, Popovic ZB, Starling RC,Wilkoff BL, Thomas JD, Grimm RA. Tissue synchronization imaging and optimal left ventricular pacing site incardiac resynchronization therapy. Am J Cardiol. 2006 Jun 1;97(11):1615-21. Epub 2006 Apr 7. 7. Rovner A, de Las Fuentes L, Faddis MN, Gleva MJ, Davila-Roman VG, Waggoner AD. Relation of left ventricular lead placement in cardiac resynchronization therapy to left ventricular reverse remodeling and to diastolic dyssynchrony. Am J Cardiol. 2007 Jan 15;99(2):239-41. Epub 2006 Nov 21 |
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